Potencial efeito neuroprotetor do canabidiol em um modelo pré-clínico da doença de Parkinson
Nome: JOÃO GABRIEL ASSIS TOLEDO
Data de publicação: 18/10/2024
Banca:
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Papel |
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ANDRE WILLIAN HOLLAIS | Examinador Interno |
RITA GOMES WANDERLEY PIRES | Presidente |
SARAH MARTINS PRESTI DA SILVA | Examinador Externo |
Resumo: A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, ficando atrás somente da Doença de Alzheimer. A DP é caracterizada pela morte de neurônios dopaminérgicos da substância negra pars compacta levando a uma diminuição da liberação de dopamina na região do estriado. O aumento dos casos de morte e incapacidade pela DP tem aumentado mais do que qualquer outra doença neurodegenerativa, no entanto, ainda não existe cura nem tratamento que diminua a progressão da DP, tornando imperativa a busca por novos meios de tratamento e candidatos a fármacos que promovam tais efeitos. O medicamento padrão ouro para o tratamento da Doença de Parkinson, a levodopa, traz consigo alguns problemas com o uso prolongado, como a discinesia induzida por levodopa, sendo muitas vezes pior que a própria doença. Neste contexto, o Canabidiol (CBD), composto não psicoativo extraído da planta Cannabis sativa, se mostrou promissor, uma vez que há diversos estudos demonstrando potencial efeito neuroprotetor do mesmo em diferentes doenças neurológicas e também possível indicação para o tratamento da discinesia induzida por levodopa. Camundongos Swiss foram tratados durante 21 dias com rotenona e duas horas após foi administrado canabidiol, e, ao final do tratamento foram realizados testes motores (campo aberto e rotarod) para análises bioquímicas do conteúdo de dopamina, serotonina e seus metabólitos por HPLC, além da expressão de tirosina hidroxilase por Western Blotting. Dos resultados obtidos, não houve diferença estatístifca nos resultados encontrados no teste de campo aberto, porém houve diferença significativa na latência para queda do aparato do teste de rotarod, contudo, essa diferença não foi encontrada com os parâmetros bioquímicos tanto por Western Blotting quanto por HPLC. Os dados encontrados nesse trabalho sugerem uma alteração comportamental que não se refletiu em alterações bioquímica e novos experimentos devem ser realizados com outras doses tanto de rotenona quando de CBD.