O EFEITO DA FNDC5 E IRISINA EM LINHAGENS DE CÉLULAS DE CÂNCER DE MAMA MCF-7 E MDA-MB-231

Nome: PEDRO FLORÊNCIO DA CUNHA FORTES JUNIOR

Data de publicação: 01/09/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JULIANA BARBOSA COITINHO GONCALVES Examinador Interno
KLESIA PIROLA MADEIRA Presidente
NUNO MANUEL FRADE DE SOUSA Examinador Externo

Resumo: O câncer é a segunda doença mais prevalente e causadora de óbitos em todo o mundo. Entre os cânceres com maior prevalência entre as mulheres está o câncer de mama; estima-se que 2,3 milhões de novos casos surjam anualmente no mundo. Neste contexto há uma preocupação crescente no campo científico com avanço desta doença. Foi descoberta em 2012 uma miocina que parece diminuir a proliferação de células cancerosas, aumentando a expressão de proteínas pró-apoptóticas, diminuindo a ação de mecanismos de síntese e proliferação celular e outros fatores pró-inflamatórios, além de regular a homeostase energética. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das moléculas FNDC5 e Irisina em linhagens de câncer de mama humano. Foram utilizadas as moléculas recombinantes Irisina (glicosilada) e FNDC5. As moléculas foram avaliadas nas concentrações de 0,625 nmol/L, 1,25 nmol/L, 2,5 nmol/L, 5 nmol/L, 10 nmol/L, 20 nmol/L e 40 nmol/L e as células foram tratadas 48 horas. Após este período foi adicionado o reagente MTT na concentração de 5mg/mL, sendo feita a incubação por 3 horas. Após este período foi descartado o sobrenadante, sendo adicionados 100 l do reagente DMSO em todos os poços e, após 15 minutos, foi feita a leitura das absorbâncias a 540 nm. Foi efetuado o cálculo estimado dos valores da concentração inibitória de 50% da proliferação celular (IC50). Os cálculos foram efetuados com a utilização do software GraphPad Prism na versão 8.0. Em relação aos dados dos experimentos de MTT, para dados normais foi utilizada ANOVA de uma via com post hoc de Dunnett, e os dados não normais foram analisados por Kruskall-Walli com post hoc de Dunn. Os resultados mostraram que a Irisina exerceu citotoxicidade na linhagem MDA-MB-231 nas concentrações 1,25 nmol/L (p<0,01), 5 nmol/L (p<0,01), 10 nmol/L (p<0,0001), 20 nmol/L (p<0,05) e 40 nmol/L (p<0,01) com valores de VCM atingindo 77,66%, 78,75%, 67,25%, 77,83% e 75,5% respectivamente. Na linhagem MCF-7 tratada com Irisina, foi observada redução na viabilidade com a concentração de 2,5 nmol/L (p<0,05), concentração na qual a VCM observada foi de 83,58%. Por sua vez, a molécula FNDC5 não provocou redução estatisticamente significante na viabilidade celular metabólica nas linhagens testadas. Nossos dados mostram que a irisina pode ter um papel importante no tratamento, com efeitos deletérios sobre a viabilidade celular das células cancerosas.

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